quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Doki Doki Literature Club - Parte 5 (Final)

E Monika ataca novamente. Apesar de alterar a vontade os documentos e scripts do jogo, Monika revela que não sabe como configura-los, ela revela isso quando estão sozinhos e relembra sobre “aquele poema que lhe dei sem nada? Era um código que eu estava tentando compilar, céus, eu realmente não sabia o que estava fazendo”.
Bem, pulando a parte fácil, vamos elevar pro nível médio de dificuldade.
Cada arquivo de personagem tem um extensão .chr, que não é uma extensão de verdade ou que possa ser reconhecida por algum programa, mas não significa que você não pode abri-los, você pode abrir os arquivos com o bloco de notas, por exemplo.
Cada um dos arquivos é uma peça de um quebra cabeça que esconde um jogo que esconde outro jogo dentro de Doki Doki. Ficou confuso? Calma que já vou explicar.
Abrindo os arquivos das personagens, você obtém pistas lhe orientando sobre o que deve fazer, mas como nada é de graça, estas mensagens estavam escondidas entre os arquivos e foi necessário uma “peneirada” para que eu descobrisse as pistas, separando linguagem de programação do comando órfão, letras soltas que não fazem parte da programação.
Fazendo isso, eu consegui decifrar a maioria dos enigmas sem muita dificuldade.
Bom galera, isso é tudo que sei sobre DDLC, muito obrigado a quem viu meus posts sobre Doki Doki Literature Club.

Doki Doki Literature Club - Parte 4

Quando o jogo termina de ser deletado, você recebe uma carta da Monika, agradecendo por ter tentando faze-las feliz e se desculpando por tudo.
Spoiler duplo: Existe um good ending onde você recebe uma cartinha do próprio criador do jogo.
Para alcança-lo, basta jogar com as três personagens antes do suicídio da Sayori, você pode fazer isso salvando o jogo no dia da apresentação, quando Sayori se suicida, antes de assistir a cena, inicie uma nova rota, até ter completado as três rotas, após isso o jogo segue o mesmo até a parte onde Sayori revela que ganhou consciência.
Um final muito bonito.
Após tudo isso você pensa: “Ah, finalmente acabou”
Não senhor, isso é apenas o início.
Nas pastas do jogo, você encontra diversos arquivos, como logs de erros, arquivos aparentemente corrompidos ou que não fazem parte da programação do jogo.
Se você abrir o script.rpa, encontrará está pequena nota, que pelo que parece, faz menção aos defeitos das personagens e foi escrito pela Monika, segue a nota:
“Há um pequeno demônio dentro de todos nós”.
“Sob sua percepção fabricada – sua realidade artificial – é uma bagunça retorcida e torcida de pavor. Repugnância. Julgamento. Elitismo. Dúvida de si mesmo (Sayori).
Todos batendo para escapar da retenção fraca de seu anfitrião, penetrando em cada pequena fenda que podem encontrar. Em sua força de vontade, morrer de fome de toda motivação e desejo. Em seu estômago, forçando-os a afogar sua culpa em alimentos confortáveis (Natsuki).
Ou em um corte recém-aberto em sua pele, escondido apenas pelas mangas de uma nova e linda camisa (Yuri).
Uma massa deplorável e emaranhada já está presente em cada uma delas.
É por isso que escolho não me culpar por suas ações.
Tudo o que fiz foi desatar o nó.”
Bem, pelo que podemos entender, Sayori tem problemas psicológicos, o que ficou claro no jogo, Natsuki sofre abusos do pai, que vão muito além de deixa-la com fome e Yuri tem prazer em se auto mutilar.
Bem, a única revelação de peso, foi a da Natsuki, e essa nota é mais uma “limpeza” de consciência da Monika, que diz que não teve culpa de nada, provavelmente tentando se justificar. Pois bem, continuemos.
Um arquivo com título “iiiiiiiiiiiiiiiiii.txt” pode ser encontrado nos arquivos do jogo depois que Yuri descreve o “Portrait of Markov”, o livro que ela lhe recomenda como leitura, segue nota:
“Eu odeio isso.
EU NÃO POSSO FAZER NADA. NADA.
Não importa quantas vezes você jogue. É tudo a mesma coisa.
Seria realmente muito fácil me matar agora mesmo. Mas isso significaria que eu não falaria  mais com você.
Tudo o que eu quero é que você as odeie. por que isso é tão difícil?”
Bem, pelo que parece, Yuri é uma pessoa que não gosta de dividir suas amizades.
Quando Sayori se mata, você pode perceber que existe um atalho real para o arquivo em questão no fundo de tela:
Esse é o texto dentro do log em questão:
“Desculpe, mas ocorreu uma exceção ao executar o código do jogo:
Arquivo “renpy/common/00start.rpy”,linha256,noscript
python:
Arquivo “renpy/common/00start.rpy”,linha 260,em
renpy.call_in_new_context(“_main_menu”)
Arquivo “renpy/common/00action_file.rpy”,linha 427,em__call__
renpy.load (fn)
RestartTopContext: Oh céus … Eu não quebrei nada, não é? Espere um segundo, provavelmente consigo corrigir isso … Eu Acho …
Na verdade, quer saber?? Isso provavelmente seria muito mais fácil se eu simplesmente a excluísse. É ela quem está tornando isso tão difícil. Ahaha! Bem cruze os dedos, lá vai.”

Doki Doki Literature Club - Parte 3

Depois dessa cena meio traumatizante, você pode voltar ao jogo, na tela inicial, porém, a Sayori está estranhamente bugada e a opção de carregar o jogo fica indisponível.
Você começa um novo jogo mas sem a Sayori, mudando a dinâmica de interação entre as personagens do jogo, como se nada houvesse acontecido e com Monika passando a ser sua nova melhor amiga.
O jogo segue normal, exceto de que não há a Sayori nele e os erros claros de programação que começaram a surgir após a morte de uma personagem.
Monika começa a relatar ao longo do segundo ato, de forma estranhamente precisa, os defeitos e hábitos das personagens, o jogo segue pregando sustos até a morte da segunda personagem: Yuri.

Bem, a essa altura você já deve estar acostumado e esperando a morte das outras duas, talvez até fique triste por ficar alguns minutos olhando o olhar triste de Yuri enquanto o jogo passa com diálogos totalmente desconexos, até que Monika chega e revela que está mexendo na programação do jogo.
A partir dai ela apaga Yuri e Natsuki e deixa apenas você e ela. Existem vários diálogos e no início parece ser o final do jogo, até ela revelar como apagou as outras personagens.
Você deve apaga-la para então chegar ao verdadeiro final do jogo.
Após deletar Monika, ela se arrepende e revela que não deletou de forma completa as outras três, trazendo o jogo de volta ao normal com a Sayori como presidente do clube.
Depois de alguns diálogos, Sayori revela que se tornou consciente e sabe sobre tudo que aconteceu, agradecendo por ter deletado a Monika e diz que vocês ficarão juntos para sempre, revelando ter sucumbido ao mesmo desejo de Monika.
Monika então revela que não estava completamente “morta”, deletando Sayori.
Logo após, ela se desculpa pelo que fez e começa a deletar o jogo enquanto canta uma música fofa para você. Sério, essa música é muito fofa.

Doki Doki Literarute Club - Parte 2

Em 22 setembro de 2017, Team Salvato publicava seu primeiro trabalho: Doki Doki Literature Club (ou DDLC, abreviado).
O jogo é uma visual novel (VN) totalmente gratuito, disponível na Steam e podendo ser obtido através do site do desenvolvedor (https://ddlc.moe/).
Bem, a princípio você pode achar estranha a mensagem do jogo sobre não ser recomendado para menores de 13 anos ou pessoas facilmente perturbadas, pois o jogo conta a história de um rapaz (jogador) que passa seus dias vendo anime e lendo mangá e é convidado por sua amiga de infância, Sayori, para se juntar ao clube de literatura  da escola, que conta com Sayori, Natsuki, Yuri e Monika, a presidente do clube, para que ele possa se relacionar com mais pessoas.
Depois de entrar no clube, você deve escolher entre Sayori, Natsuki ou Yuri para se tornar mais próximo, escrevendo alguns poemas que se enquadram melhor nas características da personagem de sua escolha.
Depois de alguns poemas o jogo começa a ficar estranho, com letras faltando em alguns poemas, diálogos estranhos entre os personagens, mas nada que mude o visual fofo do jogo. Até que a Sayori começar a se mostrar depressiva e culminar com o seu suicídio no fim do primeiro ato.

Doki Doki Literature Club




Doki Doki Literature Club!

Para quem não jogou o jogo, esse texto está coberto de SPOILERS e fica aqui a indicação. Vale a pena jogar o jogo e aguentar seus primeiros minutos de Visual Novel tradicional, a recompensa vale a pena. Até porque o jogo é gratuito.

DDLC é uma carta de amor e ódio aos Visual Novels e a cultura anime, de acordo com seu próprio criador. O jogo brinca com diversos estereótipos do tema e engana bem o jogador por um bom momento. No início parece que você é só um jovem garoto do Japão que entra para um clube de poesia com garotas bonitas que tem uma queda por você, mas o clima do jogo vai ficando cada vez mais pesado até chegar um ponto que tudo é jogado para o alto e a realidade é transformada de uma forma absurda.

Eu não tenho muita experiência com esses jogos e tenho que dizer que essa cultura Otaku me irrita em certos pontos, por isso achei a primeira parte do jogo bem longa e difícil de aguentar em certos momentos. Mas concordo que ela é importante para criar uma atmosfera e quebrar suas expectativas de uma forma mais agressiva. As relações e romances vão sendo desenvolvidos e no meu caso fiquei esperando a história virar (pois já sabia de algumas coisas), você acaba se importando com algumas personagens e sente pela loucura que acontece depois que o jogo muda.

Antes de entrar nos quesitos de quebra da quarta parede, o jogo em si tem uma boa escrita principalmente quando se trata da personagem com depressão. O modo como a depressão é tratada no jogo é madura e realista. Muitas vezes a vida real é como nesse jogo, você vê uma pessoa definhando na sua frente com sentimentos que nem você nem ela entendem direito e você não pode fazer nada. O terror do jogo é bem construído e os momentos de glitch na câmera me davam uns sustinhos, tenho que confessar.

Mas o jogo brilha mesmo com todo o plot da personagem Monika e sua metalinguagem. Desde pequenas dicas sobre salvar o jogo até obrigar o jogador a interagir com objetos nas pastas do Steam, essas interações e diálogos são muito interessantes e bem feitas. Vai me dizer que você nunca ficou pensando o que os personagens dos jogos fazem quando você não está olhando? Como será que é a vida desses seres que estão presos a um programa de computador e tem todas as suas ações escriptadas?

O jogo gratuito feito por praticamente uma pessoa leva toda essa metalinguagem a outro nível. Em um certo momento Monika fala seu nome e coisas sobre sua vida ao ler arquivos em seu computador, e naquele momento em que está só você e ela, a personagem tem 45 minutos de fala sem se repetir, é muito trabalho e cuidado! É interessante também como o jogo te engana, inicialmente ele te ensina com todas as palavras a salvar antes de grandes decisões. Tudo isso para tirar essa escolha de você e lhe deixar na mão, teve um certo momento que eu achei que o jogo realmente ia congelar em uma cena e não saía mais dali. Outra ótima ideia é corromper o arquivo no final do jogo, sendo possível rejogá-lo somente reinstalando ele.

Eu amo esse jogo.

Doki Doki Literature Club - Parte 5 (Final)

E Monika ataca novamente. Apesar de alterar a vontade os documentos e scripts do jogo, Monika revela que não sabe como configura-los, ela r...